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AUTISMO: TRATAMENTO INTEGRADO E MULTIDISCIPLINAR

 

OLÁ, AMIGOS!

Nas últimas semanas conversamos sobre as principais características dos transtornos do espectro autista, sintomas e sinais de alerta. Chegou a hora de debater sobre as ferramentas de tratamento que dispomos para ajudar nossas queridas crianças portadoras dos transtornos autísticos.

Falarei um pouco desse trabalho integrado envolvendo intervenções englobando a psicoeducação, o suporte e orientação de pais, a terapia comportamental, a fonoaudiologia, o treinamento de habilidades sociais e a medicação que auxiliam muito na melhoria da qualidade de vida da criança e de seus familiares, proporcionando a melhor adaptação ao meio em que vivem.

Bem, um profissional importante no tratamento e no processo pedagógico dessa criança será o facilitador ou mediador escolar. Ele será um elo entre educadores, pais e o estudante.

O mediador escolar trabalhará auxiliando a criança na sala de aula e em todos os ambientes escolares, como um “personal trainer”, mediando e ensinando regras sociais, estimulando sua participação em sala, facilitando sua interação social com outras crianças, corrigindo rituais e comportamentos repetitivos e acalmando o estudante em situações de irritabilidade e impulsividade.

Um tipo de tratamento comportamental que tem ganhado destaque atualmente pelo sucesso de suas intervenções é chamado Análise do Comportamento Aplicado ou ABA (Applied Behavior Analysis).

O método ABA é praticado por psicólogos experientes e consiste no estudo e na compreensão do comportamento da criança, sua interação com o ambiente e com as pessoas com quem ela se relaciona. A partir do conhecimento e do funcionamento social global da criança, são desenvolvidas estratégias e treinamentos específicos para corrigir comportamentos problemáticos e estimular comportamentos assertivos e práticos. A utilização de reforçadores positivos e recompensas são estratégias amplamente utilizadas para auxiliar no sucesso do método.

O trabalho do fonoaudiólogo é muito importante no tratamento do portador de autismo e dos transtornos invasivos do desenvolvimento, pois aproximadamente 40% dessas crianças adquirem algum grau de comunicação verbal, principalmente quando corretamente estimuladas, fato que também colabora para a melhoria de suas habilidades na interação social.

A atividade esportiva e de psicomotricidade também merecem destaque nas intervenções com crianças e adolescentes com autismo e outros transtornos invasivos do desenvolvimento, pois auxiliam muito no desenvolvimento de habilidades motoras, consciência corporal, melhoram a autoestima, estimulam a socialização e aumentam a inclusão dessas crianças em eventos escolares e sociais.

Para finalizar esse resumo de algumas das principais estratégias terapêuticas, ressalto o belo trabalho de duas instituições brasileiras sem fins lucrativos: a Associação de Amigos do Autista (AMA) e a Autismo e Realidade.

Ambas associações são formadas por pais, profissionais e pesquisadores que buscam a divulgação do conhecimento científico sobre o autismo, com campanhas e atividades direcionadas a motivar e orientar as famílias na sua busca por diagnóstico, tratamento, educação e inclusão social.  A luta para eliminar preconceitos e despertar o interesse e boa vontade da sociedade brasileira também faz parte dos objetivos dessas instituições e merece todo o respeito e apoio.

SEMPRE NA LUTA E SAÚDE MENTAL NAS ESCOLAS!

Dr. Gustavo Teixeira Médico psiquiatra da infância e adolescência
Professor visitante do Depto. de Educação Especial
Bridgewater State University Mestre em Educação – Framingham State Universit

 

 

 

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